quinta-feira, 26 de abril de 2012

Indústrias dos EUA mais intensivas em patentes contribuem com 5% do PIB

Um estudo divulgado neste mês pelo governo norte-americano mostra o impacto na economia dos Estados Unidos dos setores que mais produzem e se utilizam da propriedade intelectual (PI) — marcas, patentes e direitos autorais. O documento preparado pelo Departamento de Comércio dos EUA distingue 26 indústrias como as mais intensivas na produção e uso de patentes no período compreendido pelos anos fiscais de 2004 a 2008. No topo da lista estão: computadores e equipamentos periféricos; equipamentos de comunicação; semicondutores e outros componentes eletrônicos; outros produtos de computação e eletrônicos; e instrumentos de controle, navegação, medição e eletromédicos. 

Apesar de praticamente todas as indústrias do país trabalharem de alguma maneira com PI, o estudo identifica aquelas que mais dependem desse tipo de proteção em suas atividades em relação ao número de funcionários que atuam na indústria. Essa metodologia permitiu ponderar o peso da tecnologia considerando o tamanho da indústria, ou seja, as indústrias mais intensivas em patentes não são necessariamente aquelas com o maior número de patentes, mas aquelas com o maior volume de patentes por emprego.

Peso econômico
Essas indústrias relacionadas à produção e uso intensivos de patentes contribuíram com 5,3% do Produto Interno Bruto dos EUA em 2010, adicionando US$ 763 bilhões à economia naquele ano. Além disso, o setor foi responsável por 2,7% dos empregos diretos existentes no país. Em 2010, essas indústrias intensivas em patentes empregaram 3,891 milhões de pessoas; além dos empregos diretos, esse grupo gerou mais 3,252 milhões de empregos indiretos na sua cadeia, de acordo com o estudo.
O relatório mostra também que o salário médio dos profissionais envolvidos com as indústrias mais intensivas em patentes é 73% superior ao daqueles que trabalham em setores não intensivos em PI. Enquanto os trabalhadores da indústria intensiva em patentes ganham por semana US$ 1.407, os de setores não intensivos em PI ganham US$ 815. O relatório destaca que, em 1990, o adicional salarial dos profissionais que atuavam em indústrias intensivas em patentes era apenas 46% superior ao salário daqueles de indústrias não intensivas. Em 2000, esse prêmio subiu para 69%, crescendo em menor ritmo ao longo da década.

O estudo "Intellectual Property and the U.S. Economy: Industries in Focus" (Propriedade intelectual e a economia do EUA: indústrias em foco, em tradução livre) revela ainda que as indústrias intensivas em PI — marcas, patentes e direitos autorais — foram responsáveis por ao menos 40 milhões de empregos (18,8% de todos os postos de trabalho) e contribuíram com mais de US$ 5 trilhões para a economia dos EUA em 2010, o que representa 34,8% do PIB norte-americano. Ao todo, 75 indústrias foram consideradas intensivas em PI pelo Departamento de Comércio.

Notícia retirada do Inovação UNICAMP.

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