segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Usinas eólicas são destaque do leilão de energia para 2014

Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 321 projetos para participar dos próximos leilões de energia marcados para os dias 17 e 18 deste mês. O destaque ficou para a quantidade de projetos de implantação de usinas eólicas (que usam a força dos ventos para produzir eletricidade). Dos 14 mil megawatts (MW) de potência instalada habilitados, 6 mil MW podem ser ofertados pelas 240 usinas eólicas cujos projetos foram apresentados para participar dos leilões. Os leilões de energia visam à contratação de fornecimento a partir de 2014.

Além das usinas movidas por aerogeradores (eólicas), também foram habilitados dez projetos para produção de energia por usinas térmicas a gás natural, que somam 4.388 MW de potência instalada. As 43 plantas térmicas à biomassa (principalmente bagaço de cana-de-açúcar) habilitadas, a maioria em São Paulo, ofertarão mais 2,7 mil MW.

No dia 17, o leilão será aberto a todas as fontes de energia. Já o leilão do dia 18 é exclusivo para contratação de energia reserva e é limitado aos projetos de usinas eólicas e de biomassa. A maioria dos projetos habilitados pela EPE vão disputar os dois leilões. A maioria dos projetos eólicos será implantada nos estados do Nordeste, enquanto as termelétricas à gás predominam nos estados do Rio e Maranhão.

Apenas um empreendedor se habilitou para participar do leilão do dia 17 com oferta de energia hidrelétrica. É o projeto de ampliação da Usina Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, que vai agregar à planta mais 450 MW. Já as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) vão participar do leilão com 27 projetos que somam 443 MW de potência instalada. Os editais dos dois leilões estão disponíveis na página da Agência Nacional de Energia Elétrica na internet.

Notícia retirada do Portal Ambiente Brasil.

Ponte feita de garrafas e embalagens de plástico



Uma ponte na Escócia foi erguida com 50 toneladas de garrafas e embalagens de plástico. Com os seus 27 metros de comprimento, a ponte precisou de duas semanas para ser instalada entre Tweed, em Peebleshire.

O projeto é uma realização do escritório Vertech, em parceria com equipes da Universidade de Rutges (EUA) e Universidade de Cardiff (Inglaterra). Os responsáveis informaram que a fabricação da ponte durou apenas uma semana e meia, e mais outros quatro dias para encaixar as peças no lugar certo.

Além da rapidez da montagem, o plástico usado propicia outras facilidades, já que ela não enferruja e não requer pintura para a preservação. E quando os escocesses cansarem da ponte, ela ainda poderá ser desmontada e reciclada sem maiores problemas.

Para ver mais fotos acesse o site de onde retiramos esta notícia: Portal Eco.

Incentivo ao biocombustível desestabiliza mercado de alimentos, dizem relatórios

Dois relatórios sobre a situação da fome no mundo, divulgados no início do mês, apontam a demanda de produção agrícola para o uso em biocombustíveis como um fator importante na instabilidade internacional dos preços de alimentos, que vem agravando a fome em áreas mais vulneráveis do mundo, como o Chifre da África, região que inclui países como Etiópia e Somália.

O relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo – 2011, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), menciona os biocombustíveis, ao lado do aumento do consumo de alimentos em economias em rápida expansão, do crescimento populacional e da mudança climática, como um fator preponderante na alta e na volatilidade dos preços agrícolas.

“A volatilidade dos preços faz com que os pequenos fazendeiros e os consumidores pobres fiquem cada vez mais vulneráveis”, alerta a FAO. “Como a comida representa uma grande parcela da renda do fazendeiro e do orçamento do consumidor pobre, grandes mudanças de preço têm grandes impactos na renda real”.

O órgão da ONU destaca que os preços dos alimentos, ajustados pela inflação, vinham caindo de 1960 ao início deste século, mas voltaram a subir a partir de 2003, numa tendência de alta que se acentuou a partir de 2006, intensificação que perdurou até 2008.

“As elevações abruptas pegaram muitas pessoas de surpresa, e levaram à preocupação quanto à capacidade da economia mundial em alimentar adequadamente bilhões de pessoas”, diz o texto. 

Entre os fatores envolvidos são citados a queda na cotação do dólar e crises climáticas, como secas e enchentes, mas também os incentivos e subsídios à produção de biocombustíveis e a especulação financeira em mercados futuros.

A FAO afirma que a expectativa é de alta continuada nos preços, por conta do crescimento populacional e econômico, que pressiona a demanda, e da ampliação do uso de biocombustíveis, “dependendo das políticas de biocombustível e dos preços do petróleo”.

O relatório chama atenção para o fato de que os biocombustíveis estabelecem um elo entre os preços dos alimentos e o preço do petróleo, já que a demanda por combustíveis de origem biológica tende a aumentar quando o barril do petróleo se torna mais caro.

“Como os preços do petróleo têm sido historicamente mais voláteis que os dos alimentos, os mercados mundiais de alimentos poderão se ver sujeitos uma volatilidade maior”, diz o texto. Os principais mercados afetados dessa forma, de acordo com a FAO, são o de milho e oleaginosas, como a soja.

Novo Canal
O Instituto Internacional de Pesquisa em Política Alimentar (IFRPI, na sigla em inglês), baseado nos EUA, publicou seu Índice da Fome Mundial, que aponta como principais desafios para a segurança alimentar as altas súbitas e a volatilidade dos preços, implicando os biocombustíveis no processo. 

Seguindo a mesma linha do trabalho da FAO, o informe o IFRPI acusa, como causadores desses fenômenos, “o uso crescente de lavouras alimentares para biocombustível, eventos climáticos extremos e mudança climática, e um aumento do volume de negócios em futuros de commodities”.

Numa seção de seu relatório intitulada “Os biocombustíveis estão bombando”, o instituto relata que o aumento nos preços do petróleo, somado à imposição de cotas de consumo de biocombustível pelas economias da Europa e dos EUA, está levando os fazendeiros a destinar sua produção para esse tipo de insumo.

A determinação de metas para o consumo de biocombustíveis, diz o texto, cria uma “rigidez” que exacerba os conflitos entre oferta e demanda, e amplifica a volatilidade global dos preços. 

O IFRPI nota que, embora os mercados de alimentos e combustível sempre tenham estado ligados – por conta dos custos de energia e transporte – a demanda por biocombustíveis gera “um novo canal” entre ambos, que deve desestabilizar ainda mais o preço da comida.

O relatório cita previsões de que a demanda por biocombustíveis deve aumentar quatro vezes até 2035, em comparação com 2009.

Em suas recomendações, o IFRPI se refere às políticas públicas favoráveis aos biocombustíveis como um “grande desafio”, e sugere que, principalmente nos EUA e na Europa, essas políticas sejam revisadas, de modo a minimizar o impacto do biocombustível no mercado de alimentos. 

“Para enfrentar as principais causas da volatilidade excessiva, os agentes públicos precisam reduzir as metas e subsídios aos biocombustíveis, desencorajar o uso de culturas alimentares para a produção de biocombustível, regulamentar a atividade financeira dos mercados de alimentos e reduzir os incentivos para a especulação”, disse, por meio de nota, o diretor de Mercados, Comércio e Instituições do IFPRI, Maximo Torero.

Outra recomendação é uma mudança no foco da promoção desses combustíveis alternativos, com uma ênfase maior para a produção de biocombustível de segunda geração, que usa partes das plantas geralmente não aproveitadas como alimento.

Brasil
Nenhum dos dois relatórios trata diretamente da situação brasileira, onde há programas de incentivo para o uso de cana e soja na produção etanol e biodiesel. As principais vítimas dos efeitos negativos apontados em ambos os trabalhos são populações pobres da África e da Ásia.

Em agosto, o governo brasileiro anunciou que a Petrobras tem planos de investir US$ 2,5 bilhões na ampliação da produção nacional de biodiesel e etanol até 2015. Um investimento de US$ 300 milhões está previsto para o desenvolvimento do etanol de segunda geração.

O relatório da FAO identifica uma queda de 31,5% no número de brasileiros desnutridos entre 1990 e 2008. No índice da fome do IFRPI, o Brasil aparece em posição invejável, com a severidade do problema considerada “baixa” (países como Colômbia, África do Sul e China, por exemplo, estão numa categoria pior, de fome “moderada”). O governo brasileiro vem sustentando que o incentivo ao biocombustível, da forma como existe no país, é compatível com a produção de alimentos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O rastro sujo da energia limpa

por Robert Bryce,
pesquisador associado do Centro de Polícia Energética e Ambiental do Manhattan Institute 
e autor do livro Power Hungry: The Myths of "Green" Energy and the Real Fuels of the Future. 

Nos últimos 10 anos, países do mundo todo investiram pesado em programas de energia renovável. Afinal, sol e vento são grátis, não é mesmo? O que ambientalistas nem sempre veem é que convertê-los em energia tem um custo alto - em dinheiro e recursos naturais.

Pegue como exemplo a energia eólica. Uma turbina precisa de 50 toneladas de estanho para produzir 1 megawatt de energia. Já com gás natural, uma turbina produz essa mesma energia com apenas 0,3 tonelada de estanho. O vento pode sair de graça, mas precisamos de minérios para erguer a infraestrutura que permitirá gerar energia. 

Os minérios não são o único recurso natural exigido pelas energias renováveis. Também temos de encontrar muita terra disponível. Os números mostram por quê: em cada metro quadrado de terreno, é possível gerar 1 watt com energia eólica, 20 vezes menos do que qualquer usina de gás natural. A energia solar precisa de áreas menores. É possível produzi-la no seu próprio telhado, como eu faço: gero 3,2 quilowatts com painéis solares sobre minha casa, o que dá cerca de 30% da eletricidade que eu, minha esposa e nossos 3 filhos consumimos. O custo de instalação dos painéis tem baixado cada vez mais, e hoje está em US$ 5 mil por quilowatt. Mas é um custo similar ao da energia nuclear - que tem a vantagem de funcionar também à noite.

A prática mostra quão dispendiosas podem ser as energias renováveis. O estado americano da Califórnia pretende obter um terço da sua energia (cerca de 17 mil megawatts) de fontes limpas em 2020. Se essa meta for dividida meio a meio entre sol e vento, será necessário ocupar uma área 5 vezes maior do que Manhattan para os painéis solares e outra 70 vezes maior do que a ilha para as turbinas eólicas.

Não que devamos parar de investir em energias renováveis. Mas precisamos ser claros quanto ao retorno que podemos ter com elas. O Brasil é um exemplo: tido como representante da importância do etanol, produz quase 28 bilhões de litros de álcool por ano. É pouco perto do que o país precisa. Petróleo e gás natural geram 9 vezes mais energia, segundo números da Petrobras. Sem contar o dinheiro que é preciso investir para alavancar as energias renováveis. Alguns países já perceberam que talvez seja um investimento alto demais. Nos EUA, o Senado cortou US$ 6 bilhões de subsídios para o etanol de milho. A Espanha reduziu o apoio financeiro à energia solar e eólica.

A solução correta para a questão energética depende das características de cada país. A energia solar pode ser uma boa alternativa para a Arábia Saudita. A hidrelétrica para o Brasil e para a África Central. Se queremos reduzir as emissões de carbono, devemos olhar para dados e fatos. E não excluir opções como a energia nuclear, que segue como uma das nossas melhores opções, apesar do acidente de Fukushima, no Japão, no início deste ano.

Notícia retirada da Revista Super Interessante

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais de 50% dos resíduos sólidos produzidos no país têm destinação correta, mas 4 mil municípios ainda usam lixões

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, defendeu hoje (10) o empenho dos municípios de todo o país para que ao Brasil possa cumprir até 2014 a lei que determina o fim dos lixões e adoção dos aterros sanitários. Segundo ele, 58% dos resíduos sólidos produzidos no país já têm destinação adequada. No entanto, cerca de 4 mil municípios, responsáveis pela produção dos outros 42%, ainda despejam em lixões os materiais descartados pela população.

Apesar do número expressivo, Bonduki espera que nos próximos meses haja uma melhoria significativa do sistema de manejo dos recicláveis. De acordo com ele, 800 municípios estão elaborando projetos com essa finalidade, o que deve elevar para 80% o total de resíduos com destinação adequada.

“Os 20% restante terão que atuar em uma força-tarefa para que possam alcançar bons resultados. Os municípios de pequeno porte devem se mobilizar, elaborar planos de maneira intermunicipal para que possamos atingir a meta”,disse ele, após participar, hoje (11), da abertura da audiência pública sobre sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A audiência, que termina amanhã (11), é a terceira que trata do tema e objetiva coletar sugestões para a nova política do setor. Nos dias 13 e 14 de setembro, o assunto foi debatido em Mato Grosso do Sul, com participação de representantes de Goiás, Mato Grosso e do Distrito Federal.

Nos dias 4 e 5 deste mês, houve audiência em Curitiba. Os próximos encontros ocorrerão em Recife, nos próximos dias 13 e 14, e em Belém, nos dias 18 e 19 deste mês. O último debate público será nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Brasília. Depois disso, a presidenta Dilma Rousseff deverá assinar decreto regulamentando o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Segundo Bonduki, o estado de São Paulo produz um quarto dos resíduos sólidos do país. Apesar disso, SP é a unidade da Federação que tem maior cobertura de aterros sanitários, devido ao seu poder econômico. No entanto, assinalou o secretário, ainda falta “cumprir a segunda parte da lição que é a coleta seletiva”

Além da destinação adequada de resíduos sólidos urbanos, outros temas estão sendo discutidos nas audiências públicas. Entre ele, as políticas de inclusão dos catadores de materiais recicláveis, os resíduos de serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários, os resíduos industriais, os resíduos de mineração, os resíduos agrossilvopastoris e os resíduos da construção civil.

Notícia retirada do Instituto Carbono Brasil

Quase 60% da população global não acessa energia limpa, diz estudo

Estudo publicado nesta segunda-feira (10) pela Organização das Nações Unidas e pela Agência Internacional de Energia aponta que mais da metade da população mundial não tem acesso a formas limpas de geração de energia.

Segundo o levantamento, das 7 bilhões de pessoas que vivem hoje no mundo, mais de 1 bilhão não acessam quaisquer formas de energia e quase 3 bilhões são obrigadas a utilizar fontes energéticas “sujas” (madeira e carvão) para suas necessidades domésticas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que estudou sob a luz de velas quando era jovem, defendeu o acesso universal à energia limpa. “Precisamos de uma revolução energética”, declarou durante uma conferência em Oslo, na Noruega. “Necessitamos não somente de uma energia universal, mas que ela seja limpa e sustentável”, disse.

De acordo com o secretário-geral da ONU, a distribuição de energia limpa em escala mundial é indispensável para responder a “todos os desafios globais”: à pobreza, às mudanças climáticas, à escassez de água, saúde, à crise alimentar e ao acesso das mulheres a cargos de responsabilidade.

Organizada pela Noruega e pela AIE, a conferência de Oslo reúne mais de 70 países para discutir o financiamento de uma energia limpa acessível a todos. A ONU definiu para 2030 três objetivos conectados, lembrou Ki-moon: o acesso de todos aos serviços energéticos modernos, um aumento de 40% da eficácia energética e a duplicação da estrutura de energias renováveis. 

Notícia retirada da Globo Natureza

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Brasil perde 3.600 GWh em biogás

O potencial termelétrico a partir do biogás não aproveitado no país soma até 3,6 mil GWh por ano. O levantamento feito pela consultoria Andrade & Canellas considera a decomposição estimada do lixo urbano descartado em aterros sanitários e lixões.

Caso fosse totalmente aproveitado, o montante poderia atender ao consumo elétrico de até 18,3 milhões de residências. O Brasil descarta cerca de 61 milhões de toneladas de lixo urbano por ano. Cada tonelada tem potencial de gerar entre cerca de 50 a 60 kWh de energia elétrica com o biogás criado a partir de sua decomposição.

A consultoria aponta o alto investimento inicial nas unidades geradoras como um dos principais obstáculos ao aumento da utilização do biocombustível. Além do custo, a ausência de linhas de financiamento específicas e falta de políticas públicas para o setor são levantadas como entrave.

Notícia retirada do Portal EnergiaHoje.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Designers criam primeiro carro biodegradável

Já pensou em ter um carro descartável? Pois é. Foi o que norteou a criação de uma dupla de designers filipinos que desenvolveram um carro manufaturado com bambu, nylon, aço e vime. O veículo deverá carregar um motor elétrico e ainda não tem data para ser lançado em bases comerciais.
Produzido em apenas dez dias, a ideia dos designers foi apresentar um conceito funcional para um cenário de escassez de recursos energéticos no futuro. Kenneth Cobonpue e Albrecht Birkner são os autores do automóvel que batizaram de Fênix.

Motor e pneus são ainda produzidos com materiais convencionais, como a borracha e o aço. Mas de resto, o Fênix é feito de materiais descartáveis e inofensivos ao meio-ambiente, que são degradados pelo planeta em até 10 anos. E que podem ser reciclados conforme você usa o carro: fica com o motor, mas troca o bambu.

Carros convencionais possuem vida útil estimada em dez anos atualmente. Com o Fênix, você pode manter as partes básicas, como o motor e a transmissão, e trocar o que for se desgastando, mas de maneira muito mais racional do que aquilo que acontece hoje, onde não é possível trocar a carcaça toda do carro porque, entre outras coisas, o aço é caro. Além disso, adeus pequenas fortunas para cada colisão de trânsito ou arranhão na lataria.


Projetos assim ainda são difíceis de serem viabilizados, mas os designers responsáveis garantem que a ideia do carro descartável é séria. Contudo, ainda não há nenhuma data para exibi-lo em algum salão do automóvel ou submetê-lo a testes de impacto para verificar sua segurança – afinal, ele é feito de bambu.

Notícia retirada do Techtudo

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Entenda como a geração de energia elétrica afeta o meio ambiente

Cada tecnologia tem um impacto diferente sobre a natureza. Custos e viabilidade também devem ser levados em conta na comparação. A geração de energia elétrica sempre provoca algum efeito na natureza, mas cada processo tem suas particularidades. Nesta reportagem especialistas explicam quais as vantagens e desvantagens dos principais tipos de usinas disponíveis, levando em conta não só a questão ambiental, mas também os custos e a viabilidade de cada técnica.

Tipo de usina

Vantagens

Desvantagens

Hidroelétrica
Ícone hidroelétrica (Foto: Arte/G1)

- Emissão de gases causadores do efeito estufa muito baixa
- Baixo custo

- Impacto social e ambiental do represamento do rio
- Dependência (limitada) das condições climáticas
Termoelétrica a carvão
Ícone carvão (Foto: Arte/G1)

- Baixo custo de construção e combustível
- Alta produtividade
- Independência das condições climáticas

- Emissão de gases de efeito estufa muito alta (é a que mais emite)
- Poluição local do ar com elementos que causam chuva ácida e afetam a respiração
Termoelétrica a gás natural
Ícone gás natural (Foto: Arte/G1)

- Baixo custo de construção
- Independência das condições climáticas
- Baixa poluição local (comparada à termoelétrica a carvão)

- Emissão de gases de efeito estufa alta (menor que a do carvão, porém significativa)
- Custo de combustível muito oscilante (atrelado ao petróleo)
Termoelétrica a biomassa
Ícone biomassa (Foto: Arte/G1)

- Baixo custo de construção e combustível
- Emissão de gases de efeito estufa praticamente se anula (o ciclo do carbono fica perto de ser fechado)
- Independência das condições climáticas

- Disputa do espaço do solo com a produção de alimentos
- Caso haja desmatamentos para o cultivo, cria um novo problema ambiental

Nuclear
Ícone nuclear (Foto: Arte/G1)

- Emissão de gases de efeito estufa praticamente inexistente
- Alta produtividade
- Independência das condições climáticas

- Alto custo (exige investimentos em segurança)
- Produção de rejeitos radioativos
- Risco de acidentes (a probabilidade é baixa, mas os efeitos são gravíssimos)
Eólica
Ícone eólica (Foto: Arte/G1)

- Emissão de gases de efeito estufa praticamente inexistente
- Impacto ambiental mínimo

- Baixa produtividade
- Dependência das condições climáticas
- Poluição visual
Fotovoltaica
Ícone fotovoltaica (Foto: Arte/G1)


- Baixo impacto ambiental

- Alto custo
- Baixa produtividade

Hidroelétrica

Mais de 80% da energia gerada no Brasil vem de usinas hidroelétricas. Essa energia é gerada pela correnteza dos rios, que faz girar turbinas instaladas em quedas d’água. De modo geral, a tecnologia é considerada limpa, uma vez que praticamente não emite gases de efeito estufa, que fortalecem o aquecimento global.

O grande problema ambiental – e também social – causado pelas hidroelétricas é a necessidade de represar os rios. Vastas regiões são alagadas, o que provoca não só a retirada das populações humanas do local, como alterações no ecossistema.

Por conta disso, projetos de usinas para o Norte do Brasil – como a polêmica obra de Belo Monte – preveem reservatórios menores. Contudo, isso torna a geração mais dependente do volume de água e, portanto, exige que haja outras fontes de energia para garantir o abastecimento constante.
Eólica

A grande dependência do clima também é um problema das usinas eólicas – nas quais o vento move hélices que acionam turbinas. Esta alternativa não pode ser usada sozinha, é preciso que haja um sistema para complementá-la, mas faz sucesso por ser ecologicamente correta. “É energia de mais baixa emissão de gás de efeito estufa”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia da organização ambientalista Greenpeace.

Uma alternativa é fazer com que eólicas e hidroelétricas se completem. “No Nordeste, os ventos sopram mais forte justamente na época mais seca”, exemplifica Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Esse é o tipo de usina que mais cresce no mundo. “É a bola da vez mesmo”, diz Roberto Schaeffer, professor de planejamento energético da pós-graduação em engenharia da UFRJ. Por isso mesmo, o custo vem caindo.

Contudo, não é muito potente, e é preciso instalar várias usinas lado a lado para se obter bons resultados. Na Europa, já há comunidades que reclamam da poluição visual, que prejudica o turismo, relatam Schaeffer e Tolmasquim.
Termoelétrica

As usinas termoelétricas são o tipo mais comum do mundo. Nela, é queimado um combustível – carvão e gás natural são os mais usados – para ferver água. O vapor gira uma turbina e assim gera energia. “São imprescindíveis”, acredita José Manuel Diaz Francisco, coordenador de comunicação e segurança da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás. “São usinas mais baratas, com tecnologia consolidada e possuem a vantagem de garantir um suprimento de energia que não depende das condições”, completa.

O processo de queima da água, no entanto, traz um efeito indesejado. “Tem os piores impactos ambientais em termos de emissão de gases de efeito estufa e poluição do ar”, afirma Baitelo, do Greenpeace.

As termoelétricas a carvão respondem por mais de 40% da produção mundial de energia; as movidas a gás ocupam o segundo lugar na lista, com cerca de 21%. Entre os dois, o carvão é mais barato, porém polui mais. Além de emitir mais gás carbônico – responsável pelo aquecimento global –, causa poluição local, emitindo substâncias como enxofre e óxido nitroso, que afetam a respiração. Hoje em dia, há filtros capazes de reduzir esses efeitos, mas eles encarecem a construção das usinas.

No Brasil, uma alternativa mais ecológica é o uso da biomassa. Quando se usa material orgânico – o mais comum no país é o bagaço da cana –, a combustão não emite gases de efeito estufa. Isso acontece porque o gás carbônico liberado é utilizado pelas plantas na fotossíntese, fechando o ciclo do carbono. Os custos são semelhantes aos das termoelétricas a carvão.

Para Roberto Schaeffer, da UFRJ, “é melhor até que a hidrelétrica do ponto de vista ambiental”. Já Ricardo Baitelo não se entusiasma. “Do ar diretamente relacionado a queimadas, afeta bastante populações próximas a canaviais e aumenta incidência de doenças respiratórias”, indica o especialista do Greenpeace.

Nuclear

O termo mais correto para denominar uma usina nuclear é “termonuclear”. Seu funcionamento é idêntico ao das demais usinas termoelétricas, a diferença está no combustível. A fissão nuclear do urânio – ou do plutônio – gera o calor e produz, por outro lado, material radioativo que tem de ser monitorado por milhares de anos, o que é apontado como o principal problema por todos os especialistas ouvidos.

“Acredito que seja o pior tipo de energia. Por mais que setor nuclear diga que todo empreendimento energético está vinculado a acidentes, a diferença é a perversidade do acidente nuclear. A radiação se estoca no organismo e pode ser transmitida por gerações”, reclama Baitelo, do Greenpeace.

Embora acidentes sejam raros, o risco não pode ser considerado pequeno. “Risco é a probabilidade de ocorrer um acidente multiplicada pela magnitude do dano. A probabilidade de acidente é baixíssima, mas os efeitos são muito graves”, explica Schaeffer, da UFRJ. “É como ter medo de andar de avião: há menos acidentes que carro, mas, quando há, são mais graves”, completa.

Apesar do risco de acidentes, a energia nuclear é benéfica ao meio ambiente em um aspecto. “O combustível em um reator nuclear não é queimado, portanto não há emissão de gases poluentes”, destaca José Manuel Diaz Francisco, da Eletronuclear.

Fotovoltaica

Os painéis fotovoltaicos são feitos de materiais semicondutores à base de silício. Quando recebem radiação solar, liberam elétrons e geram energia.

“É uma beleza, mas é caríssimo”, resume Schaeffer, da UFRJ. Para ele, o uso só se justifica em situações pontuais, em locais de acesso muito difícil. Caso contrário, só é viável se houver subsídios. Baitelo, do Greenpeace, diz que faltam tais incentivos no país. “É a mais cara no Brasil porque não temos legislação”, reclama.

Tolmasquim, da EPE, aponta também que a capacidade de geração de cada painel é muito pequena, de forma que uma usina teria de ocupar uma área muito maior que uma termoelétrica para produzir a mesma energia.

Para José Manuel Diaz Francisco, o investimento vale a pena. “É uma tecnologia que precisa ser incorporada ao cotidiano de prédios e residências para atender a demandas pequenas. Não nos podemos deixar de integrar este tipo de tecnologia, pois é necessário diversificar a matriz energética”, argumenta.

Notícia retirada do G1.

Paris passa a disponibilizar carros elétricos para empréstimo

Uma primeira série de 60 "Autolib", carros elétricos de autosserviço, chegaram neste domingo (2) às ruas de Paris e sua periferia, primeira etapa da tentativa de revolucionar os hábitos de transporte franceses.

São 10 pontos de retiradas e devolução dos pequenos veículos colocados à disposição do público em diferentes bairros da cidade. Ainda em fase de testes, o dispositivo deverá estar acessível no dia 5 de dezembro, com pelo menos 250 veículos. Este número deve aumentar para 2 mil até o fim de junho de 2012.

A filosofia do projeto é incentivar que as pessoas deixem seus carros para utilizar os pequenos veículos chamados de Bluecar, que são mais econômicos e ecológicos. A ideia segue o princípio das bicicletas de autosserviço, as Vélib, que tiveram muito sucesso e funcionam desde 2007.

O Bluecar deve ser retirado em um ponto e devolvido em qualquer outra estação.

O sistema de veículos de autosserviço já existe em outras grandes cidades como Nova York, a inovação francesa é que os carros são totalmente elétricos. A bateria tem capacidade para fazer o Bluecar rodar por 250 km na cidade e 150 km fora dela com uma velocidade limitada em 130 km/h.

Segundo o fabricante, para que o sistema seja rentável são necessários 80.000 utilizadores.

"Este serviço vai complementar os de transporte e táxis. Nossa vontade consiste em aumentar a oferta de transporte", explicou Annick Lepetit, presidente do sindicato "Autolib".

Os quatro primeiros anos serão decisivos para o sucesso do projeto. O presidente da fabricante, Vincent Bolloré afirma que já discute a implantação do sistema em outras cidades.

 

Notícia retirada da Folha.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ceará receberá três parques eólicos

A companhia espanhola Abengoa desenvolverá três parques eólicos com uma potência total instalada de 64 MW no Brasil, após ter seu projeto escolhido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O projeto será construído através de uma joint venture com o Banco Santander Brasil. Neste modelo de negócio, empresas (normalmente de ramos distintos) se associam temporariamente para explorar algum nicho, porém, mantendo a personalidade jurídica de ambas.

A empresa, dedicada a aplicar soluções tecnológicas inovadoras para o desenvolvimento sustentável nos setores de energia e meio ambiente, anunciou em comunicado nesta sexta-feira que se encarregará da construção, operação e manutenção, durante 20 anos, de três parques eólicos que serão construídos no Ceará.

Este novo projeto permitirá a provisão de energia renovável para uma população de 200 mil pessoas, e evitará a emissão anual de mais de 400 mil toneladas de CO2 à atmosfera.

A companhia operará os parques eólicos durante 20 anos, sob um modelo de concessão que ainda determina um preço fixo assegurado por cada MWh de eletricidade gerada.

O projeto também prevê a venda da energia produzida à Aneel.

A companhia espanhola tem presença permanente no Brasil há mais de 30 anos, tempo no qual desenvolveu vários projetos e em que se consolidou como uma das companhias de referência do setor.

Notícia retirada da Folha.

Maior usina solar do mundo entra em operação na Alemanha

Nesta semana, a Alemanha inaugurou o que está sendo considerado o maior parque de energia solar fotovoltaica (PV) do mundo, perto da cidade de Senftenberg, na região leste do país. A parte inaugurada da usina, desenvolvida pela Saferay, tem uma capacidade de 78 megawatts e foi construída em três meses em antigas áreas de mineração a céu aberto. Esta porção do parque contém 330 mil módulos solares cristalinos e 62 estações de inversor central.

Em 2010, a Phoenix Solar completou o desenvolvimento de 18 megawatts da usina, e em agosto um projeto comissionado foi construído em paralelo à estrutura da Saferay e incluiu instalações comuns às empresas. No total, o parque solar tem uma capacidade de 166 megawatts.

Apesar da grande área que ocupa, a usina foi desenvolvida enfocando a preservação ambiental e os ecossistemas da região. “Preservamos grandes áreas de terra entre as instalações para desenvolver espaços de procriação para aves e outros animais”, declarou Torsten Käsch, diretor de gestão da Unlimited Energy, empresa que criou o projeto do parque solar.


Notícia retirada do Portal Carbono Brasil