O governo federal anunciou a intenção de criar a "Embrapa da Inovação", uma empresa com gestão privada nos moldes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O objetivo da instituição seria impulsionar a inovação no país, que ainda patina por dificuldades no desenvolvimento de pesquisa no setor produtivo.
A proposta da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) foi formalizada com a assinatura de um memorando de intenções na abertura da quarta edição do Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, em São Paulo, no último dia 3. Durante os seis meses iniciais, a Embrapii vai funcionar como piloto com uma injeção de R$ 30 milhões do governo, quantidade de recursos que a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e três institutos de pesquisa participantes colocarão no projeto.
Berço:
A ideia, de acordo com o ministro Aloizio Mercadante (Ciência, Tecnologia e Inovação), é que esse dinheiro sirva para atrair novos projetos de inovação e para alavancar parcerias dos institutos de pesquisa com o setor produtivo. Depois disso, o dinheiro que movimentaria a Embrapii viria das próprias empresas que estão desenvolvendo os projetos de inovação.
A princípio, a nova empresa firmará parceria com o Senai-Climatec (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia), o IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica) e o INT (Instituto Nacional de Tecnologia). A proposta é ampliar essa rede para 30 instituições. "Daqui seis meses faremos uma avaliação da Embrapii e vamos ver como seguirão as atividades", disse Mercadante à Folha. "É um projeto pé no chão, estamos partindo do que já temos."
Gestão Privada:
A novidade é que a Embrapii terá administração privada. A gestão será conduzida por empresas de um conselho administrativo, que ainda serão escolhidas pelo governo e pela CNI. A intenção é que essas companhias sejam algumas das que já participam dos projetos com três institutos de pesquisa, como a Petrobras e a Vale."A gestão ser privada é um grande privilégio", analisou Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. "As empresas têm muita dificuldade para inovar e ganhar competitividade. Há burocracia, juros altos e, agora, o câmbio muito valorizado."
Mercadante também anunciou que o nome da pasta que ele comanda passa a ser Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo o ministro, essa decisão foi tomada pela presidente Dilma Rousseff.
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