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Glauco Arbix, da Finep, Senador Eduardo Braga e Rafael Luchessi, da CNI |
No dia vinte cinco de maio teve início audiência pública para discutir os "Desafios da Inovação no Brasil” foram convidados o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o pós-doutor Glauco Arbix; e o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o economista Rafael Lucchesi.
Para o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, a inovação não é uma escolha a ser feita, mas uma necessidade, os países em desenvolvimento não devem ser meros copiadores ou compradores de tecnologias. Segundo ele: “Os países que não conseguirem ter uma economia inovadora e não estimularem as empresas e as universidades a inovar estrategicamente, serão passados para trás e batidos pela concorrência.”
A Finep, conforme explicou, sustenta o Sistema de Pesquisa Universitário e incentiva a inovação nas empresas, por meio de programas específicos e recursos que têm aumentado desde 2003, até alcançar o patamar de cerca de R$ 3 bilhões em 2010. Mesmo assim, são, segundo relatou na audiência, "recursos absolutamente insuficientes para as tarefas que o Brasil tem pela frente de transformar sua economia em algo mais inovador".
Para o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o economista Rafael Lucchesi, o Brasil precisa ainda criar uma mobilização empresarial pela inovação, um movimento que vise colocar a inovação no centro das estratégias empresariais. Para ele, a agenda de desenvolvimento e inovação brasileira tem que ampliar investimentos e fazer uma mobilização conjunta entre o setor privado, o governo e a sociedade, todos voltados para o entendimento de que "a inovação tem que estar no centro do desenvolvimento".
Esta foi à primeira audiência de um ciclo de debates organizados pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) sobre o tema "Jornada pela Inovação". Serão realizados oito debates, um a cada mês, sobre assuntos diversos, que incluem ainda: "Inovação da Informação e Comunicação (TIC); Inovação, Biotecnologia, Fármacos e Complexo Industrial e Saúde; Inovação e Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás; Inovação e Energia (foco nas energias renováveis); Inovação e Cadeia Produtiva Aeroespacial; Inovação, Micro e Pequenas Empresas e Inclusão Social e, por último, Inovação Aplicada à Copa e às Olimpíadas. A ideia é que ao final da Jornada pela Inovação, a CCT formará um grupo de trabalho para consolidar em propostas legislativas os resultados obtidos.
Segundo justificaram os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Gim Argello (PTB-DF) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), autores do requerimento para a realização do ciclo de debates, o atual governo elegeu a inovação como um dos alicerces da sustentabilidade do desenvolvimento brasileiro, caminho que também vem sendo trilhado pelos países desenvolvidos. Para isso, o Brasil necessita de "um marco regulatório moderno para a área de ciência, tecnologia e inovação, e o Congresso Nacional é o ambiente privilegiado para debater e aprimorar a legislação desta área".
Notícia retirada do Portal de Notícias do Senado Federal e da CCT do Senado
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