quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Brasileiro rejeita usina nuclear


A maioria dos cidadãos brasileiros não aprova a construção de novas usinas nucleares no país. A conclusão é de uma pesquisa finalizada este mês pelo instituto Market Analysis. De acordo com o estudo, 44% dos entrevistados aprovam a continuidade de Angra 1 e 2, mas não querem novas usinas, enquanto 35% defendem a desativação de todo o parque de geração nuclear brasileiro. Apenas 16% estão de acordo com a implantação de novas usinas do tipo.

“A preocupação com as questões ambientais cresceu muito nos últimos anos. Esse resultado foi claramente influenciado pelo acidente em Fukushima”, avalia o diretor da Market Analysis, Fabián Echegaray. “Tem muito mais a ver com a segurança física e pessoal do que com a discussão sobre alternativas energéticas”.

Em comparação com pesquisa semelhante realizada em outros 11 países que também possuem reatores nucleares, a população brasileira se mostrou mais resistente a esse tipo de energia do que outras comunidades. Na China e na Índia, por exemplo, 42% e 23% dos entrevistados, respectivamente, aprovam a construção de novas centrais nucleares.

Um dado curioso da pesquisa brasileira, contudo, é que o Nordeste apresentou uma receptividade maior à energia nuclear, em comparação com as demais regiões do país. Coincidentemente, é naquela região, entre Bahia e Pernambuco, que o governo brasileiro estuda implantar duas usinas nucleares, de 1 mil MW de potência cada.

O trabalho também englobou as fontes renováveis. A pesquisa mostrou que 72% dos entrevistados acreditam – em parte (27%) ou totalmente (45%) – que as energias eólica e solar poderão substituir a geração a carvão e óleo combustível no país no prazo de 20 anos. A pergunta não incluiu o gás natural.

A pesquisa foi realizada com 806 pessoas, com idade entre 18 e 69 anos, por meio de telefonemas realizados entre julho e agosto deste ano, em nove capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). Segundo Echegaray, o universo utilizado na pesquisa é um “espelho” da distribuição da população brasileira, baseado no IBGE.

Notícia retirada do Portal Energia Hoje

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